A Capital Portuguesa da Cultura 2025 vai deixar um legado material em todo um edificado cultural reabilitado ou construído de raiz. Como explica Ricardo Rio, existem “duas dimensões”. Uma é a “reabilitação de muitos dos equipamentos culturais de Braga que tinham vindo a sofrer uma degradação ao longo dos anos e precisavam de uma intervenção profunda”. E destaca os exemplos do Museu da Imagem, da Casa dos Crivos, do Mercado Cultural do Carandá, “intervenções que rondam o meio milhão de euros cada uma”.
Outra dimensão é a construção de raiz de novos equipamentos culturais, com investimento público ou privado. “Temos um grande projeto cujo concurso vai ser lançado no início de março que é o Media Arts Center, no antigo Cinema São Geraldo. E esta estrutura será única a nível nacional, com um investimento de quase 10 milhões de euros”, afirma o autarca. O Media Arts Center tem abertura prevista para 2026. Recorde-se que Braga obteve a classificação de cidade criativa da UNESCO na área das Media Arts, a única em Portugal.

Novo Arquivo Municipal e um Museu da Cidade
Outro espaço recentemente concluído e inaugurado é o novo Arquivo Municipal de Braga na Escola Francisco Sanches, referiu o autarca. Também na Escola Francisco Sanches está a ser desenhado um Museu da Cidade, “com uma forte componente digital, que vai ser desenvolvido a partir deste ano”. “E na antiga Fábrica Confiança, que é um monumento classificado, vamos criar um espaço museológico relativo à história industrial da cidade, muito ligado também à história desta fábrica de sabonetes.”
Ricardo Rio destaca ainda “um investimento privado que está neste momento em desenvolvimento que é o Museu de Arte Contemporânea, projeto do arquiteto Carvalho Araújo, financiado pela totalidade pelo grupo DST no espaço do antigo tribunal. Tem prevista abertura para 2026, num investimento de 8 a 10 milhões totalmente privado.”