qua 1 out — sáb 29 nov
O Música de Câmara Braga leva dois meses de concertos à Basílica dos Congregados, proporcionando ao público um programa recheado de indispensáveis da música erudita. O público poderá redescobrir as composições intemporais de Mozart e Tchaikovsky, mas também as de Dvořák ou Strauss, interpretadas por ensembles locais e outros que se estreiam na cidade.
Alguns destaques do programa recaem sobre o regresso do lendário violinista Pinchas Zukerman; o Coro Gulbenkian com uma das obras-primas do repertório coral do século XX, o Concerto para Coro de Schnittke ou a Camerata de Cordas da Universidade do Minho, que convida João Braga Simões para um cruzamento entre o classicismo de Mendelssohn com a percussão contemporânea.
1 out
21:00 – Art’Ventus Quintet – Paisagens Sonoras
4 out
19:00 – Com.Cordas Ensemble – Mendelssohn & Shostakovich
11 out
19:00 Trio com Piano – Tchaikovsky & Arensky
18 out
19:00 – A vida de Richard Strauss pela mão de Pauline de Ahna
25 out
19:00 – Camerata da Universidade do Minho & João Braga Simões
1 nov
19:00 – Coro Gulbenkian – Schnittke: Concerto para Coro
8 nov
19:00 – Quintetos de Cordas
15 nov
19:00 – Quintetos com Piano – Hahn & Dvořák
19 nov
19:00 – Quartetos com Piano – Beethoven, Dvořák
29 nov
19:00 Quartetos com Piano – Mozart & Brahms
sex 3 out — 21:30
Reunindo duas visões coreográficas entre o clássico e o vanguardista, a Companhia Nacional de Bailado leva ao Theatro Circo, na mesma noite, a delicadeza de Stravinsky e a audácia de Naharin. A inventividade de George Balanchine ganha vida em Stravinsky Violin Concerto, obra neoclássica criada em 1972 que convida a ver a música e ouvir a dança, num diálogo sublime entre a coreografia e a partitura.
Ao lado desta peça histórica, surge Minus 16 de Ohad Naharin, um trabalho de pluralidade em palco que confirma a habilidade de Naharin em envolver o público. A criação contemporânea destaca-se pela sua partitura eclética — que parte de Dean Martin e viaja até ao tecno — pela improvisação e pela sua linguagem própria.
sex 3 out — 21:30
Em Gush, a compositora Kaitlyn Aurelia Smith permite que nos apaixonemos pelos detalhes das suas paisagens sonoras. Reconhecida pelo trabalho com sintetizadores modulares, é uma figura central na música eletrónica feita ao longo da última década.
A americana regressa agora com um novo disco, focado na intimidade e nos momentos partilhados entre pessoas, sobre a sedução dos objetos, sobre sensualidade e personificação. O décimo primeiro trabalho de Kaitlyn Aurelia Smith, com apresentação na blackbox do gnration nove anos após a passagem por Braga, é um convite para experimentar a genialidade das coisas e para olhar o mundo de uma forma interligada, em que tudo está embebido de significado, paixão e misticismo.
sáb 4 out — 10:30
Nesta oficina da curadoria da estrutura PELE, os interessados poderão visitar o espólio fotográfico do Arquivo Municipal e explorar os retratos de famílias bracarenses de outros tempos. Esta é uma atividade ideal para toda a família e os participantes estão convidados a analisar estas fotografias a fundo.
O que nos contam estes retratos? O que nos escondem? O que conseguimos reimaginar a partir deles, do contexto temporal em que viveram e das suas expressões? Conseguimos encontrar semelhanças entre estas provas e as fotografias que temos por casa?
Oficina integrada no MEMORAR – Mediação Cultural do Arquivo Municipal de Braga/ Curadoria: PELE
sáb 4 out — 11:00–13:30
Nesta ativação do festival Forma da Vizinhança, o duo Landra conduz-nos numa oficina focada no estudo do solo local, das sementes que ali germinam e nas possibilidades de polinização noutros espaços naturais da cidade.
Na instalação arquitetónica concebida pelo LIMIT Architecture Studio, na horta urbana da Quinta da Armada, o coletivo minhoto pretende fomentar a biodiversidade no meio urbano e estimular uma maior consciencialização ecológica na vizinhança, enraizando o cuidado como prática coletiva e regenerativa.
Forma da Vizinhança integra o programa da Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura/ Curadoria: Space Transcribers – Fernando P. Ferreira e Daniel Pereira/ Artistas: Landra
sáb 4 out — 15:30
Neste terceiro capítulo do programa Pipe Poetics, a compositora e performer Claire M Singer dá um concerto intimista na Igreja de Santa Cruz.
Com um grande espetro de atuação — tanto na música eletrónica, como nas artes visuais — a artista escocesa é especialmente conhecida pela abordagem experimental no órgão, onde explora com desteridade texturas harmoniosas e tons complexos que se transformam em paisagens sonoras marcantes.
A performance terá lugar numa das igrejas mais centrais da cidade, na tarde de 4 de outubro.
Este concerto integra o programa Pipe Poetics da Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura/ Curadoria: Luís Fernandes
sáb 4 out — 17:00 — 22:00
No terceiro e último momento do ciclo de concertos HIP HOP EM MOVIMENTO — a decorrerem in situ e com transmissão online — haverá uma beat battle, uma rap battle e dois concertos.
boer apresenta o álbum MISTER JUICE, uma fusão de vaporwave, jazz e hip hop que nos lembra uma viagem de carro por Vice City, e o duo Black Lavender & Foque dá um concerto que junta o indie e o hip-hop numa paisagem sonora quase cinematográfica, com ritmos e texturas que se movimentam como uma cidade à noite.
As inscrições para as Rap & Beat Battles estão disponíveis através dos canais da Purple Keys. Records.
(W)RAP IT UP integra a Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura no âmbito do programa Todo-o-Terreno / Curadoria: Purple Keys. Records.
sáb 4 out — 21:30
Cavalgada de Mil Amperes é um espetáculo de excesso, que junta a poesia de Álvaro de Campos com música e cinema, criando uma experiência sensorial única. O ator António Durães dá corpo e voz à apologia da sensação extrema, do desejo de sentir como Deus, na vertigem de uma eletricidade imparável.
A esta interpretação, juntam-se camadas artísticas que amplificam o delírio poético: a música original de Márcio Décio e João Figueiredo, que esculpe paisagens sonoras inesperadas, e os filmes inquietantes de Edgar Pêra, cujas imagens-choque e forte componente visual expandem o universo mutante de Campos.
ter 7 out — 18:00–21:00
Nesta oficina Shopyard onde o humor é a ferramenta preferida de trabalho e de reflexão, o coletivo Artristas convida os participantes a criar uma equipa de contramarketing no Shopping Santa Cruz. A partir das pessoas e dos produtos das lojas deste centro comercial, serão criadas narrativas videográficas que dão nova vida aos estabelecimentos e os lançam pelo teto do shopping rumo ao estrelato.
Esta experiência de telelojismo pretende levar-nos a descobrir juntos a magia que há nas histórias que já ninguém conta neste centro de comercial de primeira geração.
Shopyard integra o programa da Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura/ Curadoria: Space Transcribers – Fernando P. Ferreira e Daniel Pereira/ As sessões acontecem a 7, 9, 14 e 16 de outubro
sex 10 out — 19:00–20:00
Nesta peça premiada de Grace Passô, a dramaturgia gira à volta de um campo de jogo entre a palavra e o movimento, em que um corpo de mulher vive a urgência do discurso, a procura das suas identidades e de pertença. Uma voz errante invade esse corpo e narra o que sente enquanto sujeito, enquanto mulher.
Narra também o que finge sentir, o que é insondável em si, e sonda o que seu corpo significa para o outro que o vê. Após a leitura encenada, haverá uma conversa com uma convidada sobre a peça, com mediação do ator, dramaturgo e investigador Manoel Candeias.
Vozes da Dramaturgia Luso-Brasileira Contemporânea integra a Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura no âmbito do programa Todo-o-Terreno
sex 10 out — 21:30
Um dos grupos mais influentes da música nacional do início do século XXI regressa ao gnration para a apresentação do novo disco. Lançado no início de 2025, Passa-Montanhas, é a resposta dos Linda Martini ao que ainda pode ser feito, depois de duas décadas no ativo e após o arranque tímido em 2003, em Lisboa.
Gravado na Catalunha, Passa-Montanhas leva os membros de Linda Martini a olhar para dentro, para o início da jornada na linha de Sintra, e a confrontar o mundo que os rodeia. Neste novo registo, mostram-se mais pesados e barulhentos do que nunca, mas também mais silenciosos e recatados, provando que o coletivo composto por André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais e agora Rui Carvalho está sempre à procura do próximo grito, independentemente da forma que tome.
sex 10 out — sáb 27 dez
Esta exposição de Benedikt Terwiel comporta duas peças que revelam as cicatrizes que os seres humanos têm deixado ao longo de séculos na terra. Adotando a visão de uma evolução negativa da paisagem onde a prosperidade, o desenvolvimento e a riqueza dão lugar à devastação e à desfiguração do planeta, Disfiguration Land divide-se entre dois suportes.
The Land before Last (2024) é um filme baseado em dados do Instituto Nacional de Topografia dos Países Baixos, que formam um modelo da superfície terrestre do país. Contudo, neste cenário, todo o desenvolvimento humano e a vida foram apagados, sobrando apenas vestígios do povoamento reconhecido nas marcas cravadas na terra. A voz de ANOHNI guia-nos através deste vasto sítio arqueológico.
Em Muttersteine, o artista parte da digitalização da superfície de uma pedra que documenta a área dos bairros berlinenses de Spandau e Charlottenburg, desde a industrialização até à década de 1930. Ampliações desta pedra revelam paisagens em que o retoque se transforma num terreno fragmentado e cheio de crateras, que quase parece antecipar a destruição durante a guerra.